quinta-feira, 2 de abril de 2015

Entenda o autismo. Causas, fatores de risco e o que fazer para que a criança tenha uma vida normal.

O que é Autismo?
O autismo é um transtorno de desenvolvimento que geralmente aparece nos três primeiros anos de vida e compromete as habilidades de comunicação e interação.

Fatores de risco
Alguns fatores são considerados de risco para o desenvolvimento do autismo. Confira:

Sexo: meninos são de quatro a cinco vezes mais propensos a desenvolver autismo do que meninas
Histórico familiar: famílias que já tenham tido algum integrante com autismo correm riscos maiores de ter outro posteriormente. Da mesma forma, é comum que alguns pais que tenham gerado algum filho autista apresentem problemas de comunicação e de interação social eles mesmos
Outros transtornos: crianças com alguns problemas de saúde específicos tendem a ter mais riscos de desenvolver autismo do que outras crianças. Epilepsia e esclerose tuberosa estão entre esses transtornos
Idade dos pais: quanto mais avançada a idade dos pais, mais chances de a criança desenvolver autismo até os três anos.

Causas
As causas do autismo ainda são desconhecidas, mas a pesquisa na área é cada vez mais intensa. Provavelmente, há uma combinação de fatores que levam ao autismo. Sabe-se que a genética e agentes externos desempenham um papel chave nas causas do transtorno. De acordo com a Associação Médica AMERICANA, as chances de uma criança desenvolver autismo por causa da herança genética é de 50%, sendo que a outra metade dos casos pode corresponder a fatores exógenos, como o ambiente de criação.

De qualquer maneira, muitos genes parecem estar envolvidos nas causas do autismo. Alguns tornam as crianças mais suscetíveis ao transtorno, outros afetam o desenvolvimento do cérebro e a comunicação entre os neurônios. Outros, ainda, determinam a gravidade dos sintomas.

Quanto aos fatores externos que possam contribuir para o surgimento do transtorno estão a poluição do ar, complicações durante a gravidez, infecções causadas por vírus, alterações no trato digestório, contaminação por mercúrio e sensibilidade a vacinas.

Sintomas de Autismo
A maioria dos pais de crianças com autismo suspeita que algo está errado antes de a criança completar 18 meses de idade e busca ajuda antes que ela atinja 2 anos. As crianças com autismo normalmente têm dificuldade em:

Brincar de faz de conta
Interações sociais
Comunicação verbal e não verbal
Algumas crianças com autismo parecem normais antes de um ou dois anos, mas de repente "regridem" e perdem as habilidades linguísticas ou sociais que adquiriram anteriormente. Esse tipo de autismo é chamado de autismo regressivo.

Uma pessoa com autismo pode:

Ter visão, audição, tato, olfato ou paladar excessivamente sensíveis (por exemplo, eles podem se recusar a usar roupas "que dão coceira" e ficam angustiados se são forçados a usálas)
Ter uma alteração emocional anormal quando há alguma mudança na rotina
Fazer movimentos corporais repetitivos
Demonstrar apego anormal aos objetos.
Os sintomas do autismo podem variar de moderados a graves.

Os problemas de comunicação no autismo podem incluir:

Não poder iniciar ou manter uma conversa social
Comunicar-se com gestos em vez de palavras
Desenvolver a linguagem lentamente ou não desenvolvê-la
Não ajustar a visão para olhar para os objetos que as outras pessoas estão olhando
Não se referir a si mesmo de forma correta (por exemplo, dizer "você quer água" quando a criança quer dizer "eu quero água")
Não apontar para chamar a atenção das pessoas para objetos (acontece nos primeiros 14 meses de vida)
Repetir palavras ou trechos memorizados, como comerciais
Usar rimas sem sentido
Existem diversos sintomas que podem indicar autismo, e nem sempre a criança apresentará todos eles. Entre os grupos de sintomas que podem afetar uma pessoa com autismo estão:

Interação social

Não faz amigos
Não participa de jogos interativos
É retraído
Pode não responder a contato visual e sorrisos ou evitar o contato visual
Pode tratar as pessoas como se fossem objetos
Prefere ficar sozinho, em vez de acompanhado
Mostra falta de empatia
Resposta a informações sensoriais

Não se assusta com sons altos
Tem a visão, audição, tato, olfato ou paladar ampliados ou diminuídos
Pode achar ruídos normais dolorosos e cobrir os ouvidos com as mãos
Pode evitar contato físico por ser muito estimulante ou opressivo
Esfrega as superfícies, põe a boca nos objetos ou os lambe
Parece ter um aumento ou diminuição na resposta à dor
Brincadeiras

Não imita as ações dos outros
Prefere brincadeiras solitárias ou ritualistas
Não faz brincadeiras de faz de conta ou imaginação
Comportamentos

Acessos de raiva intensos
Fica preso em um único assunto ou tarefa (perseverança)
Baixa capacidade de atenção
Poucos interesses
É hiperativo ou muito passivo
Comportamento agressivo com outras pessoas ou consigo
Necessidade intensa de repetição
Faz movimentos corporais repetitivos

Como lidar com a criança autista.


*Consulte um médico especialista. É muito importante que o seu filho seja diagnosticado corretamente por um profissional de saúde. Quanto antes seja detectado o autismo, maiores serão as possibilidades de progresso. Embora não tenha cura, uma intervenção precoce permite uma maior qualidade de vida da criança.

*Crie novas formas de comunicação. Procure falar com o seu filho com frases curtas e concretas. Observe e procure conhecer sua forma de expressar-se; as crianças autistas têm formas particulares de mostrar os seus sentimentos e estados de ânimo; é importante que você possa decifrar para poder agir adequadamente. Assim, procure, dentro do possível, estabelecer uma linguagem em comum que os una, como os gestos, a arte ou a música.

*Demonstre-lhe o seu carinho. É fundamental demonstrar-lhe contenção, apoio e carinho. Mostre que você se preocupa com ele e que quer compartilhar suas experiências com ele. As crianças autistas, ao terem formas diferentes de se expressar, muitas vezes não demonstram claramente o que querem, mas você não deve esquecer que isso não quer dizer que elas não sintam necessidade de amor.

*Brinque com ela. Compartilhar os seus jogos é muito importante. Através da brincadeira é possível conseguir avanços incríveis; você pode brincar de repetir palavras, cantar canções, entre outros. Mas principalmente, brincar com imagens. As crianças autistas aprendem 90% pela via visual, portanto, procure incorporar imagens nas suas brincadeiras para fomentar novas aprendizagens.

*Aprenda a lidar com as mudanças de rotina. As crianças autistas têm uma rotina muito estrita e sua alteração costuma gerar um desequilibro. Por isso, se você souber que vai ter uma alteração na rotina como, por exemplo, uma saída de férias, é importante que procure informá-la antes, seja com desenhos ou falando. Também é importante levar alguns objetos ou brinquedos da criança, para que ela se sinta segura e familiarizada.

*Fomente o contato social. Estimule o contato visual. Lentamente ponha a mão na sua cabeça enquanto fala com ela e procure que olhe para você, desde que isto não provoque ansiedade na criança. Você deve fazer isso com carinho e demonstrar-lhe confiança. Procure também ensiná-la a cumprimentar com a mão, cada vez que você fizer o gesto de cumprimentar. Pouco a pouco, pode ir ensinando-lhe pequenas coisas, mas sempre respeitando o seu tempo.

*Mantenha a calma. É fundamental não transmitir angústia, irritação, nem qualquer outro sentimento negativo para a criança. A criança não é consciente do que acontece com ela e nem culpada disso; é por isto que você sempre deve procurar manter a calma e procurar compreendê-la e apoiá-la.



fonte: http://saude.umcomo.com.br/articulo/como-tratar-uma-crianca-autista-2940.html#ixzz3WA

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