quinta-feira, 2 de abril de 2015

O bebê nasceu e agora? Quais as vacinas ele deve tomar? Tantas siglas e números dão um nó na cabeça dos pais.

Especialistas explicam quais vacinas o bebê precisa tomar nos primeiros meses de vida e quais cuidados extras os prematuros exigem.

O calendário de vacinas do bebê, com suas inúmeras datas, siglas e termos científicos, dá um nó na cabeça de muitos pais. Calma, vocês vão entendendo aos poucos. Mas é importante já deixar algumas na cabeça desde o começo: são as vacinas dadas aos bebês recém-nascidos. A seguir, explicamos quais são elas, quando devem ser administradas e como lidar quando o bebê é prematuro.

Imediatas
Logo ao nascer, o bebê precisa tomar a vacina contra a Hepatite B. Segundo o Dr. Renato Kfouri, pediatra e Presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), um dos motivos para sua importância é que ela previne que a doença seja contraída a partir da mãe, que pode nem saber do seu diagnóstico. “O ideal é que ela seja administrada ainda no berçário, nas primeiras 12 horas de vida” explica ele. Essa será a primeira de três doses (em alguns casos, podem ser quatro, como explicaremos abaixo).
A outra vacina dos primeiros dias de vida é a BCG (aquela que deixa a marquinha no braço), de dose única. Ela protege contra as formas mais graves de tuberculose e deve ser aplicada, preferencialmente, ainda na maternidade. Mas atenção: não se recomenda que bebês nascidos com menos de 2kg a recebam até atingirem esse peso mínimo.

Aos 2 meses
Quando completa 2 meses, o bebê precisa receber uma série de novas vacinas. Uma delas é a segunda dose da Hepatite B (que também pode ser tomada no primeiro mês, dependendo do calendário que os pais estejam seguindo). Além disso, outras doenças são prevenidas nessa fase. “Aos 2 meses de idade, o bebê recebe vacinas que protegem contra doenças como poliomielite, difteria, coqueluche, tétano e meningite” explica o pediatra Alfredo Elias Gilio, coordenador de Centro de Imunização do Hospital Israelita Albert Einstein. “Recebe também a proteção contra o rotavirus e o pneumococo”.

O calendário e as opções de vacina podem variar entre o sistema público e o privado. Caso os pais optem por vacinar o bebê em laboratórios particulares, é necessário consultar o pediatra para entender as datas exatas e modalidades de vacinas, pois muitas têm combinações diferentes e protegem contra mais vírus ou bactérias. As vacinas dessa fase disponibilizadas pelo sistema público são a pentavalente brasileira, pólio inativada, pneumocócica conjugada e rotavírus monovalente. Veja as especificações de cada uma delas abaixo:

Pentavalente brasileira: Primeira de três doses (esquema de meses 2-4-6). Previne difteria, tétano e coqueluche, além de proteger contra a bactéria Haemophilus influenzae B, que provoca infecções como meningite e pneumonia. Também abrange a segunda dose contra a hepatite B.

Pólio inativada: Primeira de três doses (esquema de meses 2-4-6, sendo que a terceira é a pólio atenuada e há, ainda, um reforço aos 15 meses). Protege contra a poliomielite, ou paralisia infantil.

Pneumocócica conjugada: Primeira de três doses (esquema 2-4-6, mais reforço aos 12 meses). A Pneumocócica 10-valente (conjugada) protege contra 10 tipos da bactéria pneumococo, responsável por alguns tipos de pneumonia, otite e outras doenças.

Rotavírus: Primeira de duas doses (esquema 2-4). Protege contra infecções provocadas pelo rotavírus.

Para ver o calendário de vacinação infantil completo, acesse o calendário da Sociedade Brasileira de Pediatria. http://www.sbp.com.br/

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