terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Risco para mulheres que já fizeram cesárea.

ACRETISMO PLACENTÁRIO

O acretismo placentário é uma condição caracterizada pela invasão anormal do tecido placentário além da camada superficial interna do útero, chamada decídua. Esta condição está associada ao antecedente de cesáreas prévias e a inserção baixa da placenta, chamada placenta prévia. Quanto maior o número de cesáreas prévias, maior o risco de placenta prévia e consequentemente maior o risco de acretismo placentário. Com o aumento do número de cesáreas realizadas a incidência de acretismo aumentou mais de 20 vezes nos últimos anos e hoje está em torno de uma a cada 2500 partos. A profundidade da invasão da parede uterina caracteriza a gravidade da doença, sendo a placenta acreta ou acreta vera é aquela que se insere profundamente na decídua, a placenta increta se insere na musculatura uterina (miométrio) e a placenta percreta atravessa a musculatura e se insere na camada mais externa chamada serosa ou até mesmo invade os órgãos adjacentes, o mais comum sendo a bexiga. O acretismo está associado a graves hemorragias no momento do parto, em particular se houverem esforços para tentar retirar a placenta. Como o fluxo sanguíneo que chega ao útero é de cerca de meio litro por minuto, o volume de sangue perdido é imenso e muito rápido, o que pode levar a paciente ao choque e até mesmo ao óbito.Portanto, suspeitar do diagnóstico antes do parto é fundamental. Mulheres com cesáreas anteriores E placenta prévia devem ser investigadas pela ultra-sonografia pré-natal, com profissional experiente. O diagnóstico ultra-sonográfico, complementado pela ressonância magnética, antes do parto permite que a gestante seja encaminhada a um centro especializado no tratamento cirúrgico desta grave condição.


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